Meditações Bíblicas

Reflexões bíblicas com aplicações práticas nas mais diversas situações do cotidiano

O Coelho e a Cruz

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Observando o cenário, é possível afirmar que o Natal ocupou o lugar da celebração mais importante para os cristãos. Não sei dizer, se pelo forte apelo comercial ou por vir muito próximo da passagem de ano. O fato é que a Páscoa também ficou reduzida a uma pequena lembrança da ressureição de Cristo e a muitos ovos de chocolate.

A palavra “Páscoa” tem origem no hebraico “Pesach”, que significa passagem. Para os judeus é uma celebração da libertação do povo hebreu da escravidão no Egito. O nome páscoa foi adotado pelos cristãos porque a ressureição de Jesus marca a passagem da morte para a vida. No entanto, o que mais vemos nessa época é o comércio de chocolate, nas suas mais diversas formas. Mas afinal, como chegamos nisso?

Bem, a tradição do coelho e dos ovos de Páscoa tem origem em rituais pagãos que foram incorporados à celebração cristã. No hemisfério norte, a Páscoa é comemorada no início da primavera, que é uma época de renovação e fertilidade, por isso o coelho, que é um animal símbolo da fertilidade, passou a fazer parte da tradição.

A troca de ovos já era feita antes do nascimento de Jesus no equinócio da primavera, celebrando o fim do inverno. Quanto aos ovos de chocolate, acredita-se que essa tradição surgiu na França, no século XIX, onde eram oferecidos como presentes na época da Páscoa.

Sob essa ótica, podemos nos perguntar: Onde o coelho e os caríssimos ovos de chocolate nos levam? Infelizmente nos mostram que símbolos pagãos comerciais bonitos e gostosos, são mais lembrados e propagados que a morte redentora do Messias. Consequentemente, o real sentido da Páscoa tem perdido seu lugar.

A morte de Cristo foi o maior evento da História. Sem o sangue do Cordeiro de Deus não haveria salvação, regeneração, santificação nem céu para a humanidade. Reduzir o sacrifício redentor do Filho de Deus e sua ressureição a chocolate é uma ingratidão sem tamanho.

Nada contra coelhos e chocolate, aliás gosto muito, mas não podemos limitar a Páscoa ao coelho, nem ao chocolate. Temos diante de nós, a oportunidade diária de revivermos o amor de Deus por nós. Amor pelo qual fomos resgatados por Jesus na cruz, para que pudéssemos ser salvos. É hora de estreitarmos nossos laços com o Salvador, afinal a Cruz foi nosso regate, e a ressurreição nossa certeza de vida eterna com Deus.

Embora todos comecem com a letra “C”, nossa Páscoa é o Cordeiro e a Cruz, não o coelho e o chocolate.

 

Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós (1 Coríntios 5.7).

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